"... obrigo-me a chorar para provar a mim mesmo que minha dor não é uma ilusão: as lágrimas são signos, não expressões. Por minhas lágrimas, conto uma história, produzo o mito da dor, e assim posso acomodar-me a ela: posso conviver com ela, porque, chorando, dou-me um interlocutor enfático que recolhe a mais 'verdadeira' das mensagens, a de meu corpo, não a de minha língua: 'Palavras, que são palavras? Uma lágrima dirá bem mais.'"
(Roland Barthes - Fragmentos do Discurso Amoroso)
(Roland Barthes - Fragmentos do Discurso Amoroso)