Mãe, será que é a gente? Será que a gente erra tanto? Será que a gente que tá errada por não viver tanto o futuro? Será que a culpa é nossa? Será que você vai viver o resto dos seus dias só comigo? E será que terei que ocupar minha futura filha(o) da mesma escolha que você fez pra mim? Será que ninguém nos entende? Será que a gente errou muito na vida passada? Será que somos insuportáveis? Será que somos feias por dentro? Será que vamos ficar sozinhas? Mãe, mãe, por favor, não me abandona. Eu preciso de você. E independente do que eles dizem de nós e do que eles poderiam comentar: somos estrelas, eu e tu. Brilhantes que ficam no maior degrau da escada e, mesmo longe, cegamos mais que qualquer outra mais perto. Mãe, mãe, eu não vou a canto algum. Eu volto. Eu volto pra casa.
Vovô, não me deixa nunca, por favor.
(Que o nunca seja um dia bem bem distante de hoje).
Vovô, não me deixa nunca, por favor.
(Que o nunca seja um dia bem bem distante de hoje).