Estranho como as coisas antigas insistem em voltar. Não antigas de velho. Talvez envelhecidas pelo tempo, poluição, trabalho, preocupações. A gente volta. As gentes voltam. E voltam sem voltar. Voltam como nostalgia presente. Vê-los hoje me lembra dos tempos de antes. Me lembram de como eram e me fazem ponderar como mudaram, como chegaram na situação atual de hoje, quais foram os caminhos que percorreram, por quais experiências passaram. Me fazem desenhar duas retas históricas, a trajetória de vida em dois caminhos que tomaram em algum momento rumos diferentes. Talvez porque me mudei. Talvez porque mudamos. Onde estão os outros? Será que temos alguma coisa em comum? Quem serão eles? Eu os conheço? Talvez tivemos relação como de vida passada. Olho para ti e te reconheço de alguns traços que ficam mesmo depois de anos. Mas não te conheço 0 hoje. Quem é você?
Um comentário:
Eu te revi. Você estava com o cabelo vermelho depois de eu ter te conhecido com ele preto. Nunca nos demos bem (na verdade nunca nos demos), mas eu gostava de você. Gostava assim, de graça, mesmo sabendo que não angariava sua simpatia. Aí te vi e tentei recuperar contato, ou melhor, criar contato (e fazia tempo que eu procurava saber de você). Não sei se foi a forma como me apresentei, se foi a forma como falei ou sobre o que falei... Só acho que deixei uma má impressão e depois você cortou a possibilidade de mantermos contato. Vai ficar a referência daquela pessoa que eu achei interessante, mas que me achou desagradável, desinteressante, enfim, alguém sobre quem você não deve se perguntar. Só saiba que sou diferente do que você viu, meus cabelos que mudaram, ao inverso dos seus, de vermelho para preto, e que parece que estamos mesmo sempre a 180°.
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